Pesquisas afirmam que boa parte da população brasileira não possui um bom planejamento financeiro e por essa razão, acabam enfrentando um alto nível de estresse financeiro.
Mesmo pessoas com um nível de renda maior podem enfrentar desafios quando o assunto é se organizar e investir.
Pensando nisso, reunimos algumas dicas importantes para te ajudar a organizar as suas finanças da melhor maneira e fazer o seu patrimônio render ainda mais, e com qualidade de vida.
Boa leitura!
Brasileiros com alto nível de estresse financeiro
Mais da metade dos brasileiros (52%) afirma sofrer com grande estresse financeiro, sempre preocupados com despesas, falta de dinheiro e o risco de não conseguirem pagar as contas em dia.
Esse dado faz parte da 7ª edição do Raio X do Investidor Brasileiro, uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA) em parceria com o Datafolha.
O levantamento revela que esse problema afeta fortemente a classe D/E, onde 62% dos entrevistados sofrem com estresse financeiro.
Nas classes A e C, os percentuais são de 40% e 53%, respectivamente. Entre aqueles que investem em produtos financeiros, o número é um pouco menor, chegando a 45%.
Este resultado mostra como a necessidade de um bom planejamento financeiro e de ações simples podem mudar completamente o seu estresse, assim como a sua qualidade de vida.
5 dicas financeiras para melhorar o seu planejamento financeiro
1. Gaste menos do que ganha
Embora pareça uma dica óbvia, a realidade é que 74% da população brasileira gasta tudo o que ganha ou até mais. E mesmo com uma renda alta, cair nessa armadilha pode comprometer o planejamento financeiro.
No seu caso, a aposentadoria oferecida pelo INSS será insuficiente para manter o seu estilo de vida. Para garantir a sua independência financeira no futuro, você precisará de uma estratégia sólida de investimentos.
Vamos a um exemplo prático: se você planeja manter uma renda de R$ 20 mil por mês na aposentadoria, com uma rentabilidade média de 0,5% ao mês nos seus investimentos, precisará acumular um patrimônio de pelo menos R$ 4 milhões.
Isso, claro, sem considerar o impacto da inflação ao longo dos anos. Portanto, quanto mais cedo você começar a planejar e investir, melhor.
Portanto, comece agora mesmo a avaliar todas as suas finanças e organizá-las para quem caiba dentro do seu orçamento, essa estratégia dará bons frutos no futuro.
2. Faça investimentos recorrentes
Defina um valor mensal para investimentos e mantenha a consistência, mesmo em momentos de crise, pois as flutuações de mercado tendem a ser compensadas no longo prazo.
O importante é não interromper os aportes, já que o tempo e a disciplina são fundamentais para o crescimento sustentável do patrimônio.
Além disso, diversifique as suas aplicações para mitigar riscos e aumentar o potencial de retorno.
Em vez de concentrar tudo em renda fixa, como CDBs ou Tesouro Direto, considere investir também em alternativas de renda variável.
Exemplos incluem ações de empresas consolidadas, fundos imobiliários (FIIs), que proporcionam ganhos tanto com valorização quanto com distribuição de rendimentos mensais, e ETFs, que permitem investir em uma cesta de ações com menor risco.
Se você tem um perfil mais arrojado e busca maiores retornos, pode explorar também fundos de investimentos em private equity ou até investimentos internacionais, que ajudam a diluir o risco atrelado ao mercado brasileiro e podem oferecer boas oportunidades de crescimento em moedas mais fortes, como o dólar ou o euro.
3. Mantenha um Fundo de Emergência Robusto
Independentemente da sua renda, a criação de um fundo de emergência é crucial para garantir tranquilidade em momentos inesperados.
Por exemplo, para quem tem uma renda de R$ 20 mil ou mais, o ideal é que esse fundo seja de pelo menos 3 a 6 vezes suas despesas mensais, mas esse valor pode variar de acordo com o nível de risco que você enfrenta em relação à sua renda.
Um servidor público, por exemplo, tem uma estabilidade maior do que um empreendedor ou autônomo, o que permite uma reserva menor.
Por outro lado, se você está em um setor mais instável, é prudente ter um fundo de emergência maior para cobrir possíveis oscilações na sua renda.
4. Considere investimentos em Renda Variável
Quando falamos em investimentos robustos, é importante diversificar não apenas em produtos de renda fixa, mas também explorar o potencial da renda variável.
Fundos de investimentos em ações, fundos imobiliários e até mesmo investimentos internacionais podem proporcionar maior retorno a longo prazo, com a possibilidade de diluir riscos através de uma boa diversificação.
O ideal é consultar o seu perfil de investidor para entender qual é a proporção adequada para você, equilibrando segurança e potencial de ganhos. Quanto maior o tempo de investimento, maiores as chances de bons resultados na renda variável, desde que os aportes sejam feitos com uma estratégia clara e consistente.
5. Contrate um Planejador Financeiro
Mesmo para quem já tem um conhecimento sólido sobre finanças, contar com o auxílio de um planejador financeiro pode ser fundamental para otimizar sua estratégia.
Esse profissional pode te ajudar a enxergar oportunidades que você talvez não tenha considerado e organizar melhor suas finanças, desde o controle de despesas até o planejamento de investimentos e sucessão patrimonial.
Afinal, um planejador financeiro especializado pode, por exemplo, estruturar uma carteira de investimentos personalizada para atingir suas metas de longo prazo, como aposentadoria, compra de imóveis ou até mesmo educação dos filhos.
Além disso, ele pode te ajudar a minimizar tributações e maximizar os retornos, sempre considerando o seu perfil de risco.
Essas dicas são essenciais para quem busca um melhor planejamento financeiro e evitar estresse por desorganização das finanças.
Mesmo ganhando bem, todo cuidado é pouco! Portanto, atente-se a todas as dicas que compartilhamos acima, e não deixe de contratar um planejador financeiro para te ajudar a ter melhores resultados e investimentos.